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Brasil: Um dos países mais perigosos para jornalistas

Publicada em 28/05/2025 às 18:15h | Washingtton Barbosa/Redação da Rede Se Liga de Comunicação  | 43259 visualizações

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Brasil: Um dos países mais perigosos para jornalistas
O falso suicídio de Herzog  (Foto: Sinvaldo Leung Vieira.)


O Brasil enfrenta uma realidade alarmante: é considerado um dos países mais perigosos para jornalistas no mundo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o país ocupa a sexta posição no ranking global de violência contra profissionais da comunicação, atrás apenas de países em crise institucional, política ou humanitária, como Síria, Iraque, Paquistão, México e Somália .

Entre 1995 e 2018, 64 jornalistas foram mortos no Brasil, com destaque para os estados do Rio de Janeiro, Bahia e Maranhão, que lideram o número de assassinatos. Muitos desses casos permanecem sem solução, evidenciando a impunidade que caracteriza o cenário da violência contra a imprensa no país.

Em 2024, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) registrou 72 casos de violência não letal contra jornalistas, uma redução de 54% em relação ao ano anterior. Apesar da diminuição, isso significa que, em média, a cada cinco dias um jornalista sofre algum tipo de ataque no Brasil .

A impunidade é um fator crucial nesse cenário. Estudos indicam que, em média, 90% dos assassinatos de jornalistas no Brasil permanecem sem resolução, criando um ambiente de permissividade que perpetua a violência e intimida outros profissionais da área .

Além disso, a violência contra jornalistas não se limita a agressões físicas. Em 2023, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) registrou 181 casos de ataques à liberdade de imprensa, com 38,2% considerados episódios de violência grave, como agressões físicas e ameaças de morte. Outro dado preocupante é que 55,7% dos casos tiveram como agressores agentes estatais, como policiais e políticos em mandato .

A violência contra jornalistas no Brasil também está intimamente ligada a questões políticas e sociais. A radicalização do cenário político tem afetado seriamente a liberdade de imprensa, com aumento das agressões físicas e discursos estigmatizantes contra jornalistas. Em 2023, a categoria de “Agressões e ataques” ultrapassou a de “Discursos estigmatizantes” pela primeira vez desde o início do monitoramento sistemático da violência contra jornalistas .

Em regiões como a Amazônia, a situação é ainda mais grave. Um estudo do Instituto Vladimir Herzog revelou que, em 10 anos, foram registrados 230 casos de violência contra jornalistas nos nove estados da Amazônia Legal, com destaque para o Pará, que lidera o número de ocorrências. Esses casos estão frequentemente relacionados a investigações sobre crimes ambientais e conflitos territoriais, expondo os profissionais a riscos elevados .

A situação dos jornalistas no Brasil é preocupante e exige ações urgentes para garantir a segurança e a liberdade de imprensa. É fundamental que o Estado brasileiro adote medidas efetivas para proteger os profissionais da comunicação e assegurar que possam exercer seu trabalho sem medo de represálias. A sociedade também desempenha um papel crucial nesse processo, ao apoiar e valorizar o trabalho jornalístico como pilar da democracia e da cidadania.

Instituto Vladimir Herzog: Guardião da Memória e da Segurança dos Jornalistas no Brasil

O Instituto Vladimir Herzog é uma referência nacional na defesa da liberdade de expressão, dos direitos humanos e da segurança dos profissionais de comunicação. Criado em homenagem a Vladimir Herzog — jornalista e professor assassinado durante a ditadura militar — o instituto atua no monitoramento, registro e combate à violência contra jornalistas em todo o país.

Por meio de pesquisas, relatórios e ações de advocacy, o Instituto Vladimir Herzog contribui para a compreensão dos desafios enfrentados pela imprensa, especialmente em regiões de risco como a Amazônia. Seus estudos são fundamentais para denunciar a impunidade e pressionar autoridades por políticas públicas que protejam os profissionais da comunicação.

Além disso, o instituto promove debates, cursos e eventos que fortalecem o compromisso da sociedade com a liberdade de imprensa e com a memória histórica da luta pela democracia no Brasil.




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