Na manhã desta quarta-feira (9), o Núcleo da APLB Sindicato de Conceição da Feira promoveu a 1ª Jornada Pedagógica de Luta, reunindo dezenas de profissionais da educação em uma grande assembleia realizada na Câmara Municipal. Com início às 8h30 e encerramento às 11h, o encontro teve como tema central “Valorização dos trabalhadores/as da educação e combate à violência de gênero e violência escolar”.
A abertura foi conduzida por Nathalya Ribeiro, membro da diretoria local da APLB, que destacou a urgência da luta pelo cumprimento do Piso Salarial Nacional do Magistério e dos funcionários da educação. Em sua fala, Nathalya também prestou homenagem à professora Ana Santos, afastada temporariamente por questões de saúde, e que, mesmo à distância, enviou um vídeo reafirmando seu compromisso com a categoria.
Estiveram presentes no evento representantes da APLB local, como PIM, atuante na organização das lutas sindicais, e a professora Angélica, também integrante da diretoria do núcleo de Conceição da Feira.
Apesar da boa participação, a direção da APLB reforçou a necessidade de ampliar o envolvimento da categoria em eventos como esse. A união dos trabalhadores da educação é fundamental para fortalecer as conquistas já obtidas, lutar por melhores condições de trabalho e enfrentar os desafios que ainda persistem nas escolas públicas.
Todos os participantes receberam atestados de presença com direito à reposição de aulas, conforme informado pela comissão organizadora.
O evento contou com a presença marcante da líder sindical Marlede Oliveira, da APLB Feira de Santana, que ministrou palestra reforçando o histórico de resistência da classe educadora:
“A luta dos profissionais da educação não começou agora. Ela vem desde os tempos da ditadura militar, quando educar com liberdade já era um ato de coragem. Hoje, seguimos firmes, enfrentando novas formas de violência e reafirmando nosso direito a condições dignas de trabalho e respeito dentro e fora da sala de aula”, declarou Marlede, emocionando os presentes.
A coordenadora Jussara, também de Feira de Santana, trouxe uma reflexão profunda sobre os impactos da violência no ambiente escolar, destacando:
“Assédio moral, bullying, preconceito e agressões físicas e verbais não podem ser normalizados. São marcas profundas que atingem tanto os estudantes quanto os profissionais. Precisamos falar, denunciar e enfrentar juntos cada uma dessas violências”, pontuou.
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado recentemente, a APLB prestou uma homenagem especial às mulheres presentes no evento. Cada educadora recebeu uma rosa como símbolo de respeito, valorização e reconhecimento pela força e dedicação com que exercem seu papel na sociedade e na educação pública.
Durante o momento simbólico, uma funcionária foi chamada à frente e recebeu a primeira rosa em nome de todas as demais, reforçando a mensagem de que as mulheres são pilares da luta sindical, da transformação social e da resistência cotidiana nas escolas.
“Cada rosa entregue representa mais do que um gesto — representa o quanto valorizamos a mulher educadora, que enfrenta, além dos desafios da profissão, as barreiras impostas pela desigualdade e pela violência de gênero”, destacou Nathalya.